O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou sua intenção de transferir 30 mil imigrantes presos para a base militar de Guantánamo, em Cuba. O local, que se tornou um símbolo da “guerra ao terror”, abriga uma prisão de segurança máxima onde, historicamente, foram mantidos suspeitos de terrorismo.
O que é Guantánamo?
Localizada em Cuba, a base naval de Guantánamo é controlada pelos Estados Unidos há mais de 100 anos. Após os atentados de 11 de setembro de 2001, o governo norte-americano utilizou a instalação para deter suspeitos de ligações com organizações terroristas, muitos dos quais nunca foram formalmente acusados. Com o passar dos anos, surgiram diversas denúncias de violações de direitos humanos, incluindo tortura e abusos cometidos contra os detentos. Atualmente, restam apenas 15 presos na instalação.
O plano de Trump
O plano de Trump de enviar imigrantes detidos para Guantánamo reacendeu um antigo debate político nos Estados Unidos. Enquanto democratas defendem o fechamento da prisão, republicanos argumentam que ela deve continuar em funcionamento.
De acordo com a Casa Branca, os imigrantes presos seriam encaminhados para um centro de detenção separado da prisão de Guantánamo, em uma área exclusiva para estrangeiros. O governo afirma que apenas imigrantes ilegais considerados “criminosos perigosos” seriam enviados para a instalação. O “czar” da fronteira, Tom Homan, reforçou a posição da administração Trump ao declarar que a prisão receberá “os piores dos piores”.
Desde que assumiu a presidência, em 20 de janeiro, Trump implementou diversas medidas para endurecer as políticas de imigração. Em pouco mais de uma semana de governo, programas voltados para imigrantes foram suspensos, e dezenas de pessoas sem documentação legal foram detidas. A proposta de transferir detentos para Guantánamo representa mais um capítulo das ações da administração republicana no combate à imigração ilegal.
Por que a medida é polêmica?
A medida gera preocupações entre entidades de direitos humanos e especialistas em imigração, que veem a iniciativa como um retrocesso na política migratória dos Estados Unidos. O destino de milhares de imigrantes detidos nos Estados Unidos segue incerto, e a proposta de transferi-los para Guantánamo deve continuar gerando questionamentos públicos dentro e fora do país, com críticas da oposição e possíveis ações judiciais contra a decisão do governo.